Conexão Paracambi, por Daniela Menozzi

Mês de Conscientização do Autismo: inclusão e respeito em Paracambi

Abril é o Mês da Conscientização do Autismo, e o tema também está sendo debatido pela população da nossa cidade. Falar sobre o assunto é uma forma de educar a sociedade, abordando a importância do diálogo contra o preconceito, da acessibilidade, do respeito e dos direitos das pessoas com autismo. Informar-se é fundamental para a compreensão!
Uma das principais representantes da luta contra o preconceito na cidade de Paracambi é Letícia Rufino, mãe do João Miguel, do Guilherme e da Manuella, fundadora e presidente da Associação Mães TEA - Transtorno do Espectro Autista. Letícia contou como sua experiência pessoal fez com que tivesse a ideia de ajudar outras famílias que passam pela mesma situação dentro de casa.
"Às famílias atípicas, quero que saibam que, embora a jornada possa ser desafiadora e cheia de incertezas, cada passo é uma oportunidade de aprendizado, crescimento e conexão. O TEA não define o potencial do seu filho ou familiar, e vocês não estão sozinhos nessa caminhada. A aceitação, o amor incondicional e a busca por conhecimento são os maiores aliados de vocês", destacou.
Foto: Letícia Rufino fundadora do Mães TEA - Créditos: Darlinson Soares
Letícia também reforçou que melhorar a vida das pessoas com autismo requer uma abordagem integrada, incluindo aspectos médicos, educacionais, sociais e emocionais. "É importante também que as famílias saibam que existem redes de apoio, profissionais e outros pais com experiências semelhantes para compartilhar e ajudar. O apoio mútuo é fundamental", explicou a mãe atípica, que também trabalha na Secretaria de Direitos Humanos, na área voltada para Pessoas com Deficiência (PCD).
Especialista reforça a importância de conscientizar a população e familiares
Psicóloga com especialização em Neuropsicologia pela PUC-Rio, Milla Macedo conta que trabalha em uma área que possibilita compreender como o funcionamento cerebral impacta diretamente o comportamento, as emoções e as funções cognitivas, como memória, atenção, linguagem e raciocínio. Por meio de avaliações neuropsicológicas detalhadas, é possível identificar alterações cognitivas e emocionais associadas a diferentes condições neurológicas e do neurodesenvolvimento, contribuindo para diagnósticos mais precisos, intervenções individualizadas e acompanhamento clínico mais eficaz.
"Dentro desse contexto, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma das condições que mais demandam um olhar técnico, sensível e interdisciplinar. O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades persistentes na comunicação social e por padrões restritos e repetitivos de comportamento", garante Milla Macedo, antes de completar:
"É importante lembrar que o TEA não define tudo o que uma pessoa é. Por trás do diagnóstico, há um mundo rico, cheio de potencialidades, que merece ser enxergado com carinho e sensibilidade. Ser mãe, pai ou viver o Transtorno do Espectro Autista na própria pele é, muitas vezes, caminhar por trilhas que nem sempre são bem sinalizadas. São dias de descobertas, dúvidas, alegrias e, às vezes, de cansaço. Mas, acima de tudo, são histórias cheias de amor, força e aprendizado", afirma a psicóloga.
Foto: Mila Macedo
Neste mês tão importante para tantas famílias, gostaria de mandar uma mensagem especial a todos aqueles que militam a favor da inclusão e do respeito. Como sociedade, ainda precisamos evoluir muito em diferentes aspectos, mas é bonito ver quantas pessoas estão engajadas em buscar melhorias para o próximo. O conhecimento é essencial e nunca é demais! Um brinde a uma vida mais justa e inclusiva!
Avante, Paracambi!
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